segunda-feira, 13 de julho de 2009

Domingos Leme

Hoje fui até o final da Domingos Leme.
Na verdade até o início, pois pra mim ela começa no fim.
Quanta opulência na Vila Nova.
A São Paulo dos jovens ricos.
Banhada pelo sol e guardada com as árvores.
Muita grandiosidade, sobretudo a arquitetura.
Quase não vejo o topo ao olhar pra cima.
As calçadas varridas e sãns.
As lojas límpidas e ansiosas.
Os cafés tímidos e sofisticados.
As pessoas poucas e ocupadas.
Os carros egocêntricos e apressados.
O ar estava puro.
Os cães penteados.
A caminhada foi tranquila.
Cheguei no começo e virei a esquerda.
Voltei pela Santo Amaro cinzenta, cheia de calor.
Lá os carros tinham mais pressa.
As pessoas tinham mais volúpia.
Joguei meu charme pela avenida.
Olhei nos olhos de quem não me esperava.
Encantei aquela passagem com minha energia.
Olhei até pra quem não devia.
Caminhei quarteirões a observar.
Virei novamente a esquerda pra retornar.
Hoje eu fui até o início da Domingos Leme.
Aquela rua teve o seu prazer ao me ver.
Respirei profundo o seu ar.
Suas árvores podadas.
Com asfalto liso.
E simpatia concreta.

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