quarta-feira, 21 de março de 2012

Corra do sol

O dia mal terminou e todos começaram a trabalhar, naquela época eram poucos que trabalhavam de dia, quase ninguém para falar a verdade. O horário comercial passou a começar às 20h e terminava por volta das 6h da manhã, era a nova ordem de sobrevivência, a nova organização da sociedade.
Tudo aconteceu após o astro-rei, o sol, se rebelar contra os seres humanos, na verdade, os humanos que provocaram sua ira durantes milênios, e agora a mãe Terra já não consegue nos proteger como antes. O horário mais gelado do dia é por volta das 00h, quando no inverno ficamos por volta de 20º C e no verão bate quase 30º, se é assim a meia noite, imagine você ao meio dia. Não há vida nas ruas, coloque a ponta do nariz para fora de casa e ficará sem a ponta do seu nariz, ele derreterá, super aquecerá como se estivesse em uma panela em alto ponto de ebulição.
Nesta época que vivemos hoje, os homens se acostumaram a viver de noite, a conviver a noite, a se divertir mais a noite, o que antes era prazer apenas dos jovens e rebelados, hoje é de uma civilização inteira. Na verdade, em alguns pontos houve inversão de valores, jovens morrem aos montes tentando se aventurar ao sol da manhã, o que era de se esperar, uma instinto de saudade bate no coração dessa geração, muita coisa mudou, mas o instinto jovem de ser diferente jamais mudará.
Quatro amigos, com seus vinte e poucos anos recém completados, possuem esse espírito aventureiro, e quando todo mundo vai dormir antes do início da manhã, para não correr riscos de saúde com superexpesição ao sol, eles desafiam a natureza e a si próprios em caminhadas aventureiras que ultrapassam os limites da física e da química.
É certo, que nessa época em que esta história acontece, o ser humano já está ultra evoluído em questão de informação e conhecimento, jovens com 20 anos já costumam ser pós-doutores. A informação nasce, praticamente, tatuada em suas peles. Esse era o caso de um desses jovens destemidos, Diana, filha de pais cientistas, seguiu a mesma estrada dos pais, Diana, era bipolar, passava do estado introvertido para extrovertido de uma hora para outra, alem de superdotada era hiper solidária, não costumava ter os chiliques que os superdotados costumam ter, era fascinada por tecnologia e seguia a moda daquela época, implantava telas pelo corpo, puxou esse costume de sua mãe, Diana, aos 5 anos de idade já tinha uma retina de 3 polegadas, com 64 Terabytes para guardar de informação implantada a cima do seu pulso, no lado de dentro do seu braço, era uma extensão do seu cérebro, lembra um relógio, acessório usado hoje, apenas, por tribos vintages. Diana desenvolveu um capacete refratário capaz de rebater o calor com viseira computadorizada feita de papel digital com bloqueadores de raios megavioletas e ultraazuis, luz que ameaça os humanos, essa tela passa informações úteis tais como: temperatura, data, posição GPS, entre outras utilidades instaláveis. Ela dedicou 500 horas nessa experiência, já estava na quinta versão do projeto e agora ela está prestes a finalizar mais 3 cópias destas supermaravilhas, um para cada amigo, o objetivo é simples e claro: se divertir as claras por aí.

CONTINUA...

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