quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O prazer e a dor da rotina

Me peguei pensando em você, sem mais nem menos. Agora lembro, foi um sinal na rua que me fez lembrar de você. Ando tão esquecido dos meus pensamentos, só lembro de trabalho e me dedico a rotina. Quando você aparece, as coisas ficam mais intimas, me lembro de quem eu sou. Sabe, a rotina é prazeirosa, mas dói. Prazer e dor, combinam? Há quem diga que sim. Quando a Elis canta o Canto de Ossanha, ela afirma que "amor é bom se doer". Ela só pode estar certa. Ela é Elis. Mas que tipo de dor é essa? Dor na alma? Mental? Física? A dor que sinto enquanto estou imerso no prazer da rotina. É a dor de me esconder enquanto estou acomodado. A dor de me silenciar enquanto concedo. A dor de permitir quando discordo. Bom, chega de ser permissivo. Deixa eu esquecer e voltar para a rotina, prazeirosa e dolorosa.

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