quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A saudade é imortal, não insista em querer matá-la.

Quantos muitos tantos outros já discursaram sobre a saudade, esse martírio que aflige ao mesmo tempo que comprova sua elegante presença quando habita em solo fértil.
Não tenha dúvidas que a saudade pode causar ansiedade, angústia e para os mais fracos depressão, mas a saudade não passa de uma autoconfirmação de que ali onde ela está, há vida, onde existe um olhar e uma pergunta eterna de afeto que ao ser respondida, encontra na solução um prazer incalculável que só a união pode proporcionar. A saudade pode ser solitária e mesmo assim fraterna, a saudade não morre, quem padece são seus hospedeiros, a saudade se torna cruel, pois faz parte do conglomerado amar, e quando muitos saem a cantar por ai, dizendo que sofrimento é sinônimo de amor, alguma verdade nisso deve ter.
O interessante da saudade é que podemos interagir com ela, criar expectativas, alimentar sonhos e vontades, mas lembre-se de dar suporte para atender as expectativas criadas, sempre tecendo oportunidades de fuzilar essa saudade danada, e você verá que como um passe de mágica natural, as portas se abrem para a alegria da felicidade atravessar o seu caminho e sem pedir licença se acomodar no seu viver, enquanto a saudade, coitada, fica ali no canto, ferida e esquecida, mas nunca morta. Para aqueles que acham que um dia poderão matar a saudosa saudade, saiba que ela é eterna ou pelo menos tem muita força e resistência para continuar presente, ainda mais quando é alimentada pela ansiedade, quanto mais vontade de expulsá-la, mais forte ela fica, até o momento de conseguirmos nocautear novamente esse órgão d'alma.

Um comentário:

  1. Massa o texto alex, bem reflexivo, eu to fazendo um texto exatamente sobre a saudade tb hehehe, em breve postá-lo-ei.
    abraços

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