quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Rappa no Distância do Alto da Serra

Eu tinha prometido que iria, vinte dias antes prometi pra mim mesmo e para os meus amigos que eu iria. Se tivesse prometido só pra mim talvez não tivesse ido.
Fui, juntei uma grana e fui pro show do Rappa com 4 amigos. Pra variar aconteceram vários imprevistos que nos atrasaram. Acabamos pegando um puta trânsito. Aquela estradinha velha de santos não comporta uma grande quantidade de carros. O show fez formar um congestionamento de mais de 1 hora pra chegar no "Distância do Alto da Serra". Chegando lá, as vagas no estacionamento estavam esgotadas. Tinha uns franelinhas querendo que eu estacionasse na rua. Meus amigos me falaram que tinha outro estacionamento mais pra frente. Preferi seguir o conselho deles. Mesmo tendo que andar bastante pra entrar no Estância. Tinha muita gente para o lado de fora. Bebendo. Comendo churrasquinho de gato, dogs quentes e etc. Comecei a escutar uma música conhecida. E disse: - Já começou. Eram quase 2 da manhã. O show já tinha começado mesmo.
Entramos andando rápido, com pressa. Descemos as escadas e nos deparamos com um mar de gente. Nunca tinha visto nenhum show lá. O Palco estava bem montado. O telão. O Cenário. "Os caras vieram mesmo ganhar dinheiro" - eu pensei. Eu gosto bastante dO Rappa. Mas sinceramente não estava entendendo as mensagens das músicas. A melodia me envolvia sem dúvidas, mas estava começando a ficar irritado por não estar entendendo boa parte das letras. Turne de CD novo, e eu só tinha ouvido as músicas comerciais do rádio. Aliás, duas músicas. Eles tocaram outras bem conhecidas, foram as melhores partes do show.
O público estava curtindo bastante também, deu pra perceber. Eram vários tipos de pessoas, muitas tribos diferentes. De Patricinhas a maconheiros. Isso era o mais legal. Quando a banda fala que queria misturar tudo pra ver no que vai dar, realmente estavam certos. Não vi nenhuma briga. Só curtição. O Falcão pediu para entregarem uma água para alguém que estava passando mal lá na frente. Ele parece ser muito humano. Pode ser só marketing pessoal. Não sei. Estavamos no meio da pista e estava começando a ficar cansado e o show continuava. O Falcão tava curtindo cantar pra gente, foram quase 3 horas de show. Como o cara não cansa de ficar se esguelando e pulando daquele jeito? Eu também não me cansaria se estivesse lá em cima. O show acabou. A maioria da galera estava indo embora, assim como a gente. Saimos da casa e paramos numa barraquinha pra forrar o estômago. O lanche não era lá essas coisas, o atendimento também não, mas era o que tinha naquele momento. Comemos com medo e fomos para o estacionamento. Pegamos a anchieta sentido São Paulo e voltamos pra casa. No dia seguinte fiquei sabendo que minha irmã e uma amiga estavam no mesmo show. Que coincidência estranha, eu pensei. Minha irmã no mesmo lugar que eu, com uma galera diferente da minha. Isso é estranho e legal ao mesmo tempo. Refleti sobre os rumos e caminhos que seguimos. Duas pessoas da mesma família que andam com pessoas diferentes, mas gostam de um mesmo tipo de música. Básico e real. Se parar pra pensar que o show estava planejado a pelo menos 20 dias. Começa a ficar surreal e complicado. Preciso conversar mais com minhas irmãs!

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