terça-feira, 30 de junho de 2009

O sono de terça, comum.

O sono me perseguiu hoje, levantei depois de lutar duas horas e meia contra minhas responsabilidades, elas venceram, claro que eu deixei que ganhassem.
Deixo cair água quente no corpo pra ver se disperto logo de uma vez, quase esqueço que a minha pele não gosta. A coragem de tomar banho com água gelada ainda não bateu na porta da minha consciência, quem sabe no próximo verão, prometo tentar pelo menos uma vez por semana, dizem que estimula o cerébro e eu adoro me sentir mais inteligente, mesmo que seja tremendo e enrrugado debaixo de água fria. Enquanto eu quase dormia no chuveiro minha mãe me gritava para conferir se eu já estava de pé.
Me visto correndo, saio organizando as coisas pela casa e na cabeça, junto o que preciso para seguir o dia. Hoje não está tão frio, o sol está quentinho, estamos no inverno.
O trânsito é igual, lento, veloz, lento novamente, mas a música acompanha e deixa tudo com outro tom, melhora o ambiente, meus berros desafinados não podem ser ouvidos do lado de fora, para sorte dos transeuntes e minha também, a falta de técnica me enche de vergonha.
Essa claridade do dia me dá sono, já disse que preciso de um óculos escuro, mas tem que ser de marca, afinal não quero prejudicar minhas preciosas retinas e além do mais, se for pra gastar dinheiro que seja com algo que valha a pena.
Cheguei pra rotina de redator, ainda estamos na terça e dá pra notar, pela cara de bunda e constante reclamação, que as pessoas já se esqueceram de como foi o seu último sábado e domingo, isso porque não veêm a hora do próximo fim de semana, vai entender.
Arrôgancia logo no início do dia desestimula qualquer um, pensa num sujeito que já tava com sono e tem que escutar barbaridades, é pra chutar o pau da barraca, mas claro que não fiz isso.
Nem quero entrar em detalhes, melhor passar para a próxima etapa que é bem comum, aquele famoso momento de pagar contas, que coisa cruel, entrar dentro do shopping, passar por dezenas de lojas e não comprar nada, pior, gastar dinheiro e não levar nada, mas sabe que isso faz parte da vida? Nem ligo. Desapego, tô praticando. Não tanto, calma, ainda quero ser rico.
A uma certa hora da noite meu sono já tinha passado, mas o estresse tava presente, perdi meu lazer das terças a noite por motivos óbvios: responsabilidade. Pra falar a verdade, não tive culhão pra assumir minhas vontades, depois de um dia cansativo como esse eu tive que ceder e deixar minha aula de violão pra lá. Praticarei em casa. Na próxima não falto nem a pau.
Não lembro de uma terça-feira que tenha sido tão desafiadora quanto esta, eu adoro as terças, acho um dia tão neutro, produtivo, específico. O problema é que tudo parecia querer ir de encontro, as coisas comuns do dia-a-dia estavam com um tom sarcástico da vida. Eu só quis que tudo se resolvesse e tentei fazer parte ao máximo dessa resolução, mesmo cansado, com sono.

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