Uma borboleta cor de areia sai do móvel revelando o som de suas asas.
Ah! é você coisa voadora repugnante, vá embora, não quero te matar.
Ela abre a janela e tenta expulsar a borboleta cheia de medo.
Ai meu Deus, como vou dormir com essa coisa voando no quarto?
A borboleta pousa na porta e ela vai lá atormentar, cutucar com um mata mosquitos.
A borboleta avança assustada.
Ela pula recuando mais assustada que a borboleta, que se esconde debaixo da cama.
Ela para, pensa, pega uma lanterna e se debruça para olhar debaixo da cama.
Onde essa danada está?
Afasta a cama, acende a lanterna no escuro, só vê pó, bate com o bastão e nada. Depois de alguns minutos escuta novamente o revoar da borboleta, ainda escondida.
Ela tenta localizar o animal. Encontra-o e mexe com ele.
Acaba por assassiná-lo, sente por isso.
No minuto seguinte uma borboleta gigante entra pela janela aberta, com seus olhos expressivos fita a humana e se faz entender que seu filho (a borboleta era macho) só queria apreciá-la. Recolhe o seu bebê e sai sorrateiramente.
Ela fica estática.
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